Carlos Mayorga, um candidato no estado de Chihuahua, explicou na terça-feira que tinha "decidido lançar esta campanha política dentro de um caixão para enviar uma mensagem aos políticos: eles têm um povo morto, uma cidade morta, uma comunidade morta, um estado morto por causa da sua indiferença".
Mayorga chegou num caixão dourado a um comício eleitoral realizado numa ponte entre a cidade fronteiriça mexicana de Ciudad Juarez e El Paso, no estado norte-americano do Texas.
Era acompanhado por ajudantes totalmente vestidos com equipamento de proteção individual e com ramos de flores para chamar a atenção para o número de mortos por covid-19 no México, mais de 200 mil, o terceiro país do mundo com mais óbitos.
Os políticos "mantiveram-se em silêncio sobre os elevados níveis do crime organizado. Eles mantiveram-se em silêncio sobre a situação caótica da covid", disse, depois de ter saído do caixão em que vinha deitado.
Desde o final de 2006, quando o Governo lançou uma ofensiva militar contra os cartéis da droga, cerca de 300 mil pessoas foram assassinadas no México, um dos países mais violentos do mundo.
A campanha para as eleições nos 32 estados do México, que começou no domingo, foi precedida pela morte de 16 candidatos.
Cerca de 94,4 milhões de mexicanos deverão votar em 06 de junho para eleger 500 representantes parlamentares regionais, incluindo 15 dos 32 governadores.
O México registou 596 mortos por covid-19 e 5.499 casos nas últimas 24 horas, disseram na quarta-feira as autoridades mexicanas.
Desde o início da pandemia, o país contabilizou 205.598 óbitos e 2.261.879 casos de covid-19.
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