"A organização coloca-se à disposição do Governo moçambicano para aquilo que for necessário", disse Rui Alberto de Figueiredo Soares, citado num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique.
Rui Alberto de Figueiredo Soares, que é ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Cabo Verde, manifestou a abertura da CPLP durante uma videoconferência com a chefe da diplomacia moçambicana, Verónica Macamo.
A violência armada em Cabo Delgado começou há mais de três anos, mas ganhou uma nova escalada há duas semanas, quando grupos armados atacaram pela primeira vez a vila de Palma, a cerca de seis quilómetros dos multimilionários projetos de gás natural.
Os ataques provocaram dezenas de mortos e obrigaram à fuga de milhares de residentes de Palma, agravando uma crise humanitária que atinge cerca de 700 mil pessoas na província, de acordo com dados das Nações Unidas, e com cerca de 2.500 óbitos desde o início do conflito, segundo contas feitas pela Lusa.
Além da violência armada em Cabo Delgado, Rui Alberto de Figueiredo Soares e Verónica Macamo debateram as estratégias de resposta à covid-19 em Moçambique e em Cabo Verde, destacando a necessidade de reforçar a cooperação.
"Ambos reafirmaram a vontade de revitalizar e fortalecer as relações bilaterais de amizade e cooperação entre Moçambique e Cabo Verde", conclui o comunicado.
Leia Também: ONG diz que governo moçambicano falhou no apoio a deslocados