Kremlin "vai estudar" proposta de cimeira feita por Biden
O Kremlin "vai estudar" a proposta de cimeira feita na terça-feira pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, numa conversa com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, anunciou hoje o porta-voz da presidência russa.
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Mundo Kremlin
"É ainda prematuro falar desse encontro de modo concreto. É uma nova proposta que vai ser estudada", indicou à imprensa Dmitri Peskov.
O porta-voz descreveu a conversa entre os dois presidentes como "profissional" e disse ter durado "muito tempo".
Segundo Peskov, nenhuma "lista de temas a discutir está em preparação".
O porta-voz indicou, por outro lado, que o Presidente Biden não abordou o assunto de Alexei Navalny, opositor que terá sido envenenado e está atualmente preso, cujo destino é considerado um tema crucial para os ocidentais.
Desde janeiro e da chegada ao poder do novo Presidente norte-americano, as relações entre Moscovo e Washington degradaram-se a grande velocidade.
O embaixador russo foi chamado depois de Joe Biden ter considerado que o seu homólogo era um "assassino" e ter dito que o faria "pagar" pela ingerência russa na vida política norte-americana.
Depois disso, norte-americanos e europeus têm denunciado o destacamento de dezenas de milhares de soldados russos para as fronteiras ucranianas.
A proposta de Biden acontece numa altura em que a situação na Ucrânia se torna mais preocupante, com Kiev a acusar Moscovo de preparar um "casus belli" (caso de guerra) para justificar uma eventual invasão.
Os russos, por seu turno, acusam os ucranianos de pretenderem lançar uma ofensiva inaceitável contra os rebeldes pró-russos, que formaram repúblicas separatistas no leste da Ucrânia.
Peskov repetiu que a preocupação sobre os movimentos de tropas russas é "infundada" e que a Ucrânia deve parar as "provocações" militares no Leste.
Biden propôs a Putin a realização de uma cimeira, num país terceiro e nos próximos meses, "para construir uma relação estável e previsível", segundo um comunicado da Casa Branca.
Na conversa telefónica, o Presidente dos Estados Unidos expressou ainda a sua "preocupação com o repentino aumento de tropas russas na Crimeia ocupada e na fronteira com a Ucrânia", apelando à Rússia para "diminuir as tensões", adiantou o texto.
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