Os imigrantes ilegais foram detidos durante operações de fiscalização no interior da cidade na quinta-feira e no sábado da última semana, disse Amélia Direito, porta-voz da Direção Provincial de Migração em Tete.
Deste grupo, 23 são cidadãos do Paquistão e 17 de Bangladesh e todos alegam que estavam em Moçambique de passagem, saídos do Maláui e tendo a África do Sul como destino final.
"Constatamos que eles têm passaportes, mas não entraram por vias estabelecidas por lei. Os passaportes não ostentam movimentos de entrada nem vistos. Eles não entraram a partir do posto fronteiriço", acrescentou Amélia Direito, avançando que as autoridades estão a organizar uma operação para o repatriamento destes grupos.
A fronteira de Zobuè, na província de Tete, tem sido um corredor privilegiado para imigrantes ilegais que tentam chegar à África do Sul, atravessando parte de Moçambique, em busca de melhores condições de vida.
Em março de 2020, a polícia moçambicana naquela província encontrou 64 pessoas mortas num contentor, transportado num camião.
Segundo as autoridades, as mortes terão acontecido por asfixia e as vítimas eram imigrantes ilegais, de diferentes países (incluindo a Etiópia), que atravessaram a fronteira do Maláui para Moçambique.
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