Segundo Michel Plati, o agente especial dos Serviços Secretos norte-americanos responsável pela segurança da sessão, haverá, porém, uma segurança adicional para um número limitado de pessoas dentro do Capitólio para o primeiro grande evento interno do Biden desde que assumiu o cargo duas semanas após a insurreição de 06 de janeiro.
"É claro que os eventos de 06 de janeiro são lembretes pungentes. Daí que teremos de estar vigilantes. Mas o padrão de segurança permanece o mesmo", explicou, lembrando que as barreiras em torno do Capitólio ainda está lá, estando igualmente presentes efetivos da Guarda Nacional.
A liderança do Congresso já enviou os convites, ordenando que quem não o receber deve deixar o edifício até às 17:00 locais.
Segundo Plati, que já liderou a segurança no dia da tomada de posse de Biden, a 20 de janeiro, e que decorreu sem incidentes, um dos principais problemas que ocorreu a 06 desse mês foi a falta de coordenação entre as várias agências no distrito, o que não acontecerá desta vez porque irão trabalhar em conjunto.
A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, convidou Biden para, no dia em que cumpre 100 dias de mandato, disse, "partilhar a sua visão para enfrentar os desafios e oportunidades deste momento histórico".
Os Presidentes não discursam sobre o Estado da União no Congresso antes do segundo ano de mandato.
A sessão conjunta é designada como um "evento de segurança nacional especial", o que abre o caminho para a comunicação, financiamento e preparação entre várias agências em Washington, incluindo a Polícia do Capitólio, o Pentágono, a Segurança Interna e polícia da área distrital.
Outros eventos do género são o Estado da União, o 'Super Bowl' (final do campeonato de futebol americano) e as convenções nacionais dos Democratas e dos Republicanos.
Biden, aliás, não fez o tradicional discurso no Congresso no início deste ano porque a Casa Branca disse que o Presidente estava a concentrar-se nos esforços de recuperação e resposta à pandemia de covid-19.
O discurso dará a oportunidade a Biden para atualizar a população norte-americana sobre os progressos no cumprimento das promessas e para defender o pacote de recuperação económica no valor de 2,25 biliões de dólares (1,86 biliões de euros) que ele revelou no início deste mês.
A praça do Capitólio permanece atrás da cerca erguida depois de uma multidão de apoiantes do presidente cessante, Donald Trump, ter, a 06 de janeiro, invadido e saqueado o edifício, interrompendo a votação destinada a certificar a vitória presidencial de Biden.
Cinco pessoas morreram, incluindo um polícia do Capitólio. O motim foi visto como uma falha importante da aplicação da lei e do Governo. Centenas de pessoas foram acusadas da insurreição.
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