"Israel está a atuar responsavelmente para aplicar a lei e garantir a ordem pública em Jerusalém, enquanto preserva a liberdade de culto nos lugares sagrados", afirmou Netanyahy, citado pela agência EFE.
Pelo menos 175 palestinianos e seis polícias israelitas ficaram feridos na sexta-feira, em Jerusalém, a maioria na Esplanada das Mesquitas, onde muçulmanos se reuniam para a última sexta-feira do mês de jejum do Ramadão, anunciou a polícia local.
"Centenas de manifestantes atiraram pedras, garrafas e outros objetos na direção dos polícias, que retaliaram", segundo o porta-voz da polícia israelita, Wassem Badr, considerando tratar-se de "distúrbios violentos".
O balanço anterior dos serviços de emergência palestinianos indicava 169 feridos nos confrontos entre palestinianos e a polícia israelita, na Esplanada das Mesquitas, informaram as equipas de socorro e a polícia locais.
Os confrontos aconteceram numa altura em que sobe a tensão no setor oriental de Jerusalém e na Cisjordânia, dois territórios palestinianos ocupados desde 1967 por Israel.
Há uma semana que estão a acontecer diariamente manifestações, marcadas por confrontos com a polícia israelita, no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Leste.
A disputa em Sheikh Jarrah está relacionada com o direito à terra onde são construídas casas para colonos israelitas.
Nesse bairro vivem quatro famílias palestinianas, ameaçadas de despejo pelos israelitas.
A União Europeia já tinha apelado hoje às autoridades israelitas a que agissem com "toda a urgência para uma 'desescalada' das atuais tensões em Jerusalém".
Também os Estados Unidos exortaram à redução das tensões em Jerusalém, apelando a Israel para que "evite" o despejo de famílias palestinianas em favor dos colonos israelitas.
Por seu lado, a Rússia exprimiu hoje a sua "preocupação" e pediu a todos os intervenientes que evitem uma "escalada da violência" em Jerusalém.
Já a Liga Árabe condenou o comportamento das forças de segurança israelitas, afirmando que "este ataque provoca sentimentos nos muçulmanos em todo o mundo" e "pode ?ausar uma explosão da situação nos territórios ocupados".
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