"Os médicos confirmam que ele já ultrapassou a condição crítica e que está longe de qualquer perigo", disse o alto funcionário, que pediu anonimato, acrescentando que Brahim Ghali "está a recuperar bem e a sua condição está a evoluir positivamente".
O internamento, em abril, num hospital em Logroño (norte de Espanha) do presidente da autoproclamada República Árabe Sahrawi Democrática (RASD) causou uma crise diplomática entre Marrocos e Espanha, seguida esta semana de uma crise migratória com um fluxo sem precedentes de milhares de migrantes marroquinos no enclave espanhol de Ceuta.
Marrocos, em conflito com a Frente Polisario na ex-colónia espanhola do Saara Ocidental há várias décadas, pediu uma investigação "transparente" sobre a entrada "fraudulenta" de Ghali na Espanha.
Fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol disseram à Europa Press, na sexta-feira, que Ghali não chegou a Espanha com um passaporte falso e afirmou que viajou com o seu passaporte que cumpre "os requisitos comuns".
Brahim Ghali, 75 anos, foi eleito em 09 de julho de 2016 à frente da RASD e da Polisário, que luta pela independência daquele vasto território desértico.
Os separatistas saharauis reiniciaram o conflito em novembro passado, em resposta a uma operação militar marroquina numa zona no extremo sul do território.
O Saara Ocidental é considerado um "território não autónomo" pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A Polisário pede um referendo de autodeterminação planeado pela ONU, enquanto Marrocos, que controla mais de dois terços do território, propõe um plano de autonomia sob sua soberania.
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