De acordo com a informação, o desvio do avião que culminou com a detenção do jornalista e ativista Roman Protasevich, em Minsk, foi uma operação dos serviços de segurança bielorrussos.
Segundo testemunhas, Protasevich expressou medo de ser executado na Bielorrússia.
Vários países europeus já criticaram o incidente, exigiram uma explicação à Bielorrússia e o tema vai estar na agenda da reunião do Conselho Europeu, na segunda-feira, em Bruxelas.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, "vai colocar [segunda-feira] a questão da aterragem forçada do voo da Ryanair em Minsk" e "as consequências e possíveis sanções serão discutidas nesta ocasião", anunciou esta tarde o porta-voz do Conselho Europeu Baren Leyts, numa publicação na rede social Twitter.
A União Europeia (UE) já se preparava para reforçar as sanções existentes contra o regime da Bielorrússia.
Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, considerou que o desvio do avião é "um incidente sério e perigoso que requer investigação internacional".
O avião da Ryanair fazia um voo entre a Grécia e a Lituânia, dois países membros da NATO.
Roman Protasevich, cujo canal Nexta na rede social Telegram se tornou a principal fonte de informação nas primeiras semanas de protestos antigovernamentais após as eleições presidenciais de agosto de 2020, viajava de Atenas para Vílnius e acabou detido pelas autoridades bielorrussas, quando os cerca de 120 passageiros do avião da Ryanair foram forçados a submeter-se a novo controlo em Minsk devido a um suposto aviso de bomba.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou "totalmente inaceitável" a aterragem forçada em Minsk do avião da Ryanair, que seguia de Atenas para Vílnius e sublinhou que "qualquer violação das regras de transporte aéreo internacional deve ter consequências".
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