Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo adiantou ter proibido os nove altos responsáveis canadianos de entrar na Rússia "por um período indeterminado".
Entre os visados com sanções estão os ministros da Justiça canadiano, David Lametti, e dos Assuntos Intergovernamentais, Dominic LeBlanc, a vice-ministra delegada da Defesa, Jody Thomas, e um alto responsável do Gabinete do Primeiro-ministro canadiado, Marci Surkes.
A lista integra ainda, o chefe dos serviços secretos canadianos, Scott Bishop, o vice-chefe do Estado-Maior da Defesa, Mike Rouleau, a chefe da Polícia Real, Brenda Luchi, o subcomissário da mesma corporação Brian Brennan e ainda a responsável pela administração penitenciária do país, Anne Kelly.
A diplomacia russa precisou tratar-se de "medidas de represália" às sanções canadianas aplicadas contra nove responsáveis russos anunciadas a 24 de março, em que Otava justificou como "parte de um esforço diplomático combinado para pressionar altos funcionários do Governo russo envolvidos na tentativa de assassinato contra Alexei Navalny".
As sanções canadianas, que preveem o congelamento dos bens no Canadá, visaram nove altos funcionários, incluindo o chefe dos poderosos serviços de segurança russos (FSB), Alexander Bortnikov, o chefe dos serviços prisionais, Alexander Kalashnikov, e o procurador-geral do país, Igor Krasnov. Em particular, eles.
Hoje, Navalny, que abandonou a greve de fome de três semanas a 23 de abril, foi transferido para o seu habitual local de detenção, a colónia penitenciaria de Pokrof, desde o hospital prisão onde estava sob observação após uma greve de fome, indicaram os seus colaboradores e as autoridades.
Detido em janeiro após o seu regresso da Alemanha, onde recuperou de uma tentativa de envenenamento que atribuiu ao Kremlin, o opositor e militante anticorrupção foi condenado a dois anos e meio de prisão por um caso de fraude registado em 2014 e que denuncia como político.
Navalny, 45 anos, cumpre a sua pena na região de Vladimir, a uma centena de quilómetros de Moscovo.
Em abril iniciou uma greve de fome de 24 dias para denunciar as condições de detenção na colónia penitenciária de Pokrov, considerada uma das mais duras da Rússia.
Desde a sua detenção que as autoridades também se empenham em desmantelar o seu movimento.
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