Sviatlana Tsikhanouskaya, a principal candidata da oposição nas disputadas eleições presidenciais na Bielorrússia realizadas em 2020, falou no Senado da República Checa, em Praga.
Solicitou aos checos que organizem uma conferência internacional para analisar a situação atual no seu país.
"Não podemos autorizar os ditadores a escrever a história", insistiu Tsikhanouskaya.
Lukashenko enfrentou meses de protestos devido à sua reeleição para um sexto termo na eleição presidencial, realizada em agosto, que foi vista generalizadamente como manipulada.
As manifestações de protesto foram reprimidas fortemente. A polícia deteve mais de 35 mil pessoas e milhares de manifestantes foram agredidos pelos agentes.
Tsikhanouskaya classificou esta repressão como "um terror que o país não tinha experimentado desde o tempo do estalinismo".
A condenação e o isolamento internacional do regime de Lukashenko aprofundaram-se desde que em 23 de maio os controladores aéreos bielorrussos comunicaram à tripulação de um avião da Ryanair a existência de uma ameaça de bomba a bordo. Instruíram os pilotos para aterrar na capital, Minsk, Raman Pratasevich foi retirado do aparelho pela polícia e detido.
"A natureza terrorista da ditadura de Lukashenko é agora evidente para todo o mundo", disse Tsikhanouskaya, que foi ovacionada pelos senadores checos.
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