O presidente Milos Zeman está a ser duramente criticado na República Checa, após ter dito, numa entrevista televisiva, que considerava as pessoas transexuais "nojentas".
"Eu consigo entender os gays, as lésbicas e por aí fora (...). Mas quem eu não consigo compreender são os transexuais... Todas as cirurgias são um risco e estas pessoas transexuais são nojentas", afirmou, segundo cita a CNN, durante a entrevista.
Confrontado com a controversa lei húngara que impede o ensino de matérias sobre identidade de género e orientação sexual nas escolas, Milos Zeman disse também concordar com Viktor Orbán, porque é necessário proteger os pais e as crianças de serem manipulados através da educação sexual.
"Se uma pessoas se submeter a uma operação de mudança de sexo está basicamente a autoflagelar-se", referiu ainda o presidente.
Entretanto, o porta-voz da associação LGBTI 'Orgulho Praga' acusou o Milos Zeman de ofender e trazer mais problemas para as pessoas transexuais no país. "Parece que estamos a caminhar para trás e isto [as declarações do presidente] não ajuda nada", acrescentou ainda o responsável.
No passado dia 15 de junho, recorde-se, o parlamento húngaro aprovou um pacote legislativo onde se proíbe a divulgação de conteúdos a menores de 18 anos que “mostre ou promova a sexualidade, a mudança de sexo ou a homossexualidade”. A lei foi alvo de duras críticas de vários países europeus, bem como mereceu uma condenação do Parlamento Europeu contra o governo de Orbán.
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