"Sobre a minha intenção de me reposicionar em 2023 [...], quero continuar. Tenho uma visão para este país: quero ver este país transformado, acredito que temos uma oportunidade, uma oportunidade de transformar este país, temos de o fazer", disse Tshisekedi numa entrevista na televisão estatal, RTNC.
"Não quero que as pessoas pensem que por ter esta ambição, vou comportar-me como se estivesse numa campanha. Quando o trabalho estiver concluído, voltaremos ao povo para procurar o seu voto", acrescentou o chefe de Estado.
A Constituição congolesa limita o número de mandatos, de cinco anos cada, a dois.
Tshisekedi foi declarado vencedor das controversas eleições presidenciais de dezembro de 2018 e sucedeu a Joseph Kabila, em janeiro de 2019.
Os dois homens assinaram então um acordo de coligação, que Tshisekedi rompeu em dezembro de 2020, tendo assumido o controlo de todas as instituições do país.
Na sua entrevista, o chefe de Estado não deu qualquer garantia de que as eleições presidenciais se realizariam dentro do prazo constitucional de dezembro de 2023.
"É difícil dizer quem será capaz de o garantir. Mas sejamos claros: o atraso na nomeação de membros da CENI [Comissão Nacional Eleitoral] não tem nada a ver comigo", acrescentou.
Questionado sobre as relações com os países vizinhos, especialmente com o Ruanda, o Presidente disse ter optado por uma estratégia diferente, após anos de tensões entre Kinshasa e Kigali.
"Temos de tranquilizar os países vizinhos e fazer as pazes com eles", disse.
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