"Condeno veementemente os insultos racistas que testemunhámos na noite de domingo. Estamos a tomar medidas práticas para garantir que o regime de proibição de entrada no estádio seja alterado para incluir insultos racistas 'online'. Não podem existir desculpas", disse Boris Johnson.
O líder do governo britânico recebeu na terça-feira representantes das empresas proprietárias de redes sociais, como o Instagram, o Facebook, o Twitter e o Snapchat, que nos últimos meses têm sido utilizados em Inglaterra para divulgação de mensagens racistas visando os jogadores após a derrota ou desempenhos dececionantes nos respetivos clubes.
"Agora teremos oportunidade de responsabilizar essas empresas e impor-lhes multas, caso seja necessário", afirmou o primeiro-ministro, aludindo a um projeto de lei do governo sobre segurança 'online', que prevê sanções que podem ir até 10% das receitas mundiais das empresas.
No domingo, após a derrota da Inglaterra frente à Itália, por 3-2 no desempate por grandes penalidades, na final do Euro2020, os futebolistas Marcus Rashford, Jadon Sancho e Bukayo Saka, os três que falharam penáltis, foram alvo de comentários racistas nas redes sociais.
Logo no dia seguinte, o príncipe William, neto da rainha Isabel II, da Grã-Bretanha, Boris Johnson, e a federação inglesa (FA) condenaram os comentários, que classificaram como "totalmente inaceitáveis".
Leia Também: Médicos criticam decisão "irresponsável" e "perigosa" de Boris Johnson