O Presidente Salva Kiir, também presidente do Movimento de Libertação do Povo Sudanês (SPLM), anunciou na sexta-feira, a nomeação de Jemma Nunu Kumba como chefe do parlamento recentemente "reconstituído".
De acordo com a agência France-Presse, o anúncio, efetuado durante uma assembleia geral do partido, realizada em Juba, a capital do país, foi aplaudido pelo público presente.
Nascida em 1966, Jemma Nunu Kumba juntou-se aos rebeldes do SPLM, no início dos anos 1990, tendo participado na guerra civil, em Cartum.
Fez campanha dentro do partido e posteriormente participou das negociações de paz entre o SPLM e o governo sudanês, então liderado por Omar al-Bashir.
Após a independência, em 2011, ocupou vários cargos oficiais, incluindo o de Governadora do Estado da Equatória Ocidental (sudoeste).
No final de 2013 o país mergulhou numa guerra civil entre Kiir e Riek Machar (agora vice-presidente), que provocou 380.000 mortos e quatro milhões de deslocados em cinco anos.
Em 2018, foi assinado um acordo de paz e empossado um Governo de unidade nacional. O Parlamento foi dissolvido e "reconstituído" em maio passado, assumindo agora Kumba o comando do órgão composto por quase 40% de ex-membros do partido rebelde SPLM-IO. O vice-presidente, que ainda não foi nomeado, também virá deste partido.
"Não vai ser fácil. O atual exercício da política exige a diligência de todos, exige objetivos comuns", disse Kumba, após a nomeação, citada pela France-Presse.
O Presidente Kiir apelou à nova presidente e aos membros do SPLM para se concentrarem na implementação do acordo de paz, ainda com aspetos por implementar, instando-os a serem "os embaixadores da paz".
Além dos desafios políticos e económicos, o país enfrenta a pior crise alimentar desde a independência, com cerca de 60% da população a sofrer grave escassez de alimentos, de acordo com o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas.
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