As autoridades da capital tailandesa, que na terça-feira visitaram o estacionamento na estação de Bang Sue onde os pacientes serão enviados, disseram estar a finalizar os preparativos e esperam receber os primeiros doentes na sexta-feira.
"Precisamos de instalar redes mosquiteiras, água, eletricidade e sanitários adicionais", de acordo com uma declaração da Administração Metropolitana de Banguecoque, citada pela agência de notícias espanhola EFE.
A capital tailandesa é o centro da pior vaga de covid-19 no país desde o início da pandemia, com as autoridades sanitárias a registarem, nas últimas 24 horas, 16.533 casos e 133 mortes em todo o país.
A pressão sobre os hospitais na capital e províncias circundantes encontra-se num ponto crítico, com 100% das cerca de 37 mil camas disponíveis para doentes covid-19, de acordo com os números oficiais divulgados no sábado.
As autoridades admitiram que várias pessoas morreram em casa depois de terem procurado ajuda médica e enquanto esperavam uma vaga nos hospitais.
Primeiro país a detetar o novo coronavírus fora da China em janeiro do ano passado, a Tailândia contabilizou 4.397 mortos e mais de 540 mil casos, desde o início da pandemia.
Quase 95% dos casos e 99% das mortes foram registados durante o atual surto, registado no início de abril e relacionado com a variante delta.
A capital e outras 12 províncias estão sob confinamento parcial, com recolher obrigatório noturno e limite às reuniões a cinco pessoas, além de restaurantes e estabelecimentos de entretenimento fechados, entre outras medidas.
A campanha de vacinação, que começou em fevereiro, está atrasada em relação ao calendário inicial apresentado pelo Governo, e até agora cerca de 5% da população elegível tomou as duas doses da vacina.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.169.966 mortos em todo o mundo, entre mais de 194,6 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.307 pessoas e foram registados 956.985 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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