A Lituânia, país da União Europeia que ofereceu apoio e refúgio a opositores bielorrussos, começou a recusar migrantes, muitos dos quais iraquianos, depois de mais de 4.000 pessoas terem cruzado a fronteira com a Bielorrússia desde o início do ano, contra 81 em 2020.
Vilnius e a UE suspeitam que o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, encorajou deliberadamente aqueles migrantes, como represália pelas sanções europeias contra o seu regime.
"O apoio vai ajudar a fortificar a proteção da fronteira lituana contra os migrantes clandestinos", anunciou o Ministério das Situações de Emergência num comunicado. Também divulgou fotografias de um camião a ser carregado com rolos de arame farpado.
Trata-se da primeira entrega à Lituânia, estando outras previstas para setembro, no quadro de uma lei assinada a semana passada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zslensky, precisou à agência France-Presse a porta-voz do ministério.
A Bielorrússia é aliada da Rússia, inimiga da Ucrânia, que ambiciona entrar na NATO e na UE, como aconteceu com a Lituânia.
Na terça-feira, o parlamento lituano deu "luz verde" à construção de uma cerca ao longo da sua fronteira com a Bielorrússia. O projeto inclui uma rede de arame e foi avaliado em 152 milhões de euros.
No entanto, a União Europeia declarou no mesmo dia que houve uma "diminuição significativa" da entrada de migrantes desde que o Iraque suspendeu os seus voos para a Bielorrússia, após pedidos da UE e da Lituânia.
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