Uma jovem iraniana de 28 anos foi morta a tiro em frente ao filho, de 14 anos, na semana passada, pelo marido toxicodependente durante uma discussão. Antes de cometer o crime, o homem vendeu as joias de Zahra Shahbazi para comprar droga.
Segundo a Organização Não Governamental (ONG) Hengawm, com sede na Noruega e dedicada aos direitos humanos, a polícia ainda não conseguiu apanhar o homem, que fugiu do local após o homicídio.
Zahra Shahbazi trabalhava na Universidade de Ilam, no Irão, e tinha dois filhos: um rapaz de 14 anos e uma menina de nove.
A mesma ONG, citada pelo jornal britânico Metro, revelou que a jovem iraniana foi forçada a casar aos 14 anos e é o mais recente caso de femicídio na República Islâmica que, além do Irão, é composta pela Mauritânia e Paquistão.
Desde o início de 2025 que têm sido vários os relatos de mulheres vítimas de femicídio no Irão e as organizações que lutam pelos direitos humanos têm criticado o governo do país por estar a "fazer pouco" para alterar a situação.
"Temos de condenar e combater coletivamente as taxas alarmantes de femicídio no Irão e lutar por uma maior proteção dos direitos humanos das mulheres. É imperativo que nos unamos para aumentar a sensibilização, defender a justiça e, em última análise, pôr fim ao ciclo de violência contra as mulheres e as raparigas", defendeu a ativista Marjan Keypour ao mesmo jornal britânico.
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