Scott Morrison disse, em conferência de imprensa, que alguns dos retirados iam ser levados para o Reino Unido, enquanto a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne insistiu que o objetivo era "tirar o maior número possível de australianos e de detentores de vistos australianos e, se possível, apoiar afegãos vulneráveis".
Payne indicou existir a possibilidade de os Estados Unidos prolongarem o prazo para a retirada completa do Aeroporto Internacional Hamid Karzai e garantiu que a Austrália está preparada para continuar a apoiar as operações de evacuação.
Mais de 800 pessoas foram já retiradas pela Austrália, a partir do aeroporto de Cabul, desde que a capital afegã foi tomada pelos rebeldes talibãs.
A Austrália comprometeu-se em princípio a receber cerca de três mil afegãos nos próximos dez meses.
A ministra dos Assuntos Internos australiana, Karen Andrews, indicou que o número total de pessoas a serem retiradas está sempre a mudar.
"É um número significativo. Não quero avançar um número porque está a mudar, quase de hora a hora, à medida que mais pessoas pedem para vir à Austrália", disse.
As operações de evacuação realizadas por diferentes países estão a ser afetadas pela situação caótica fora do aeroporto de Cabul, onde os talibãs estão a bloquear o acesso aos afegãos que pretendem sair do país.
A Austrália integrou a intervenção militar internacional contra a rede terrorista Al-Qaida no Afeganistão, na sequência dos ataques de 11 de Setembro de 2001, mas este ano Camberra retirou os últimos soldados destacados no país, tal como dos Estados Unidos e da NATO.
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