Embaixada da China pede maior proteção após morte de chinês em Moçambique
A Embaixada da China exigiu às autoridades moçambicanas maior proteção para a comunidade, após um assalto ter levado à morte de um chinês no centro de Moçambique, anunciou a representação em comunicado.
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Mundo China
Segundo a embaixada, a vítima morreu após ter sido alvo de um roubo com violência durante a noite, na semana passada, na cidade da Beira, capital da província de Sofala.
A embaixada sublinhou que contactou, assim que soube do incidente, o diretor-geral do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) de Moçambique, Domingos Jofane, e o Ministério do Interior moçambicano.
Os diplomatas chineses "instaram a polícia moçambicana a prestar grande atenção ao caso e a reforçar os esforços de investigação" para que o alegado "assassino seja punido de forma severa".
A embaixada prometeu que irá continuar o diálogo com as autoridades moçambicanas, "exigindo que tomem medidas efetivas" para garantir a segurança dos cidadãos chineses e dos bens que detêm.
Casos de crime violento, incluindo assaltos e raptos, têm ocorrido "frequentemente" em Moçambique, lamenta a representação chinesa no comunicado.
Os chineses devem "aumentar as precauções", incluindo instalar sistemas de segurança em casa e nas empresas e lojas, e não trazer consigo grandes quantidades de dinheiro ou bens valiosos", recomenda a embaixada.
As principais cidades moçambicanas são ciclicamente assoladas por raptos, que visam principalmente homens de negócios e seus familiares, com 16 casos e processos-crime registados só em 2020.
Alguns dos processos têm como arguidos agentes da polícia, incluindo investigadores, e, segundo relatos raramente confirmados pelas autoridades, as vítimas de rapto são libertadas mediante pagamento de avultadas somas de dinheiro.
O Sernic anunciou em 11 de agosto a expulsão de 11 agentes da instituição por envolvimento em raptos, roubos e associação criminosa, na primeira metade do ano, assegurando que está em processo de "purificação de fileiras".
Os raptos e o terrorismo são um travão aos investimentos em Moçambique, defendeu em 17 de agosto o presidente da Comissão do Plano e Orçamento do parlamento moçambicano.
"Não existe nenhum investidor que vai colocar o seu dinheiro, enquanto prevalecer a ideia de que Moçambique é um país inseguro", afirmou António Niquice, em entrevista à emissora pública Rádio Moçambique.
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