"Assim como muitos de vós, a Michelle e eu ficámos devastados com as notícias do ataque terrorista nas imediações do aeroporto de Cabul, que matou e feriu tantos militares norte-americanos, assim como homens, mulheres e crianças afegãos", afirmou, esta sexta-feira, Barack Obama, reagindo ao duplo atentado que ontem causou, pelo menos, 95 mortos e 150 feridos, de acordo com o novo balanço hoje divulgado.
Entre os mortos, sublinhe-se, estão, pelo menos, 13 elementos das forças armadas dos Estados Unidos, o maior número de fatalidades no Exército num único dia em vários anos, de acordo com a imprensa norte-americana.
"Como presidente, nada foi mais doloroso que fazer o luto com os entes queridos de americanos que deram as suas vidas para servir o nosso país", continuou o antigo líder democrata, repetindo as palavras de Joe Biden, proferidas ontem, quando os apelidou de "heróis".
"Estes militares são heróis que estavam envolvidos numa missão perigosa e altruísta para salvar as vidas de outros", veiculou.
Our hearts go out to the families who lost a loved one, and to everyone continuing the mission in Kabul. We’re also thinking of the families of the Afghans who died, many of whom stood by America and were willing to risk everything for a chance at a better life.
— Barack Obama (@BarackObama) August 27, 2021
Recorde-se que Joe Biden fez ontem um discurso ao país, no rescaldo do ataque terrorista, onde prometeu "caçar" e "fazer pagar" os autores do duplo atentado: o Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP), uma organização militar ultraconservadora jihadista, ativa na região fronteiriça do leste do Afeganistão e norte do Paquistão.
Barack Obama estendeu condolências "às famílias que perderam entes queridos" e disse que os seus pensamentos estão "com todos aqueles que dão continuidade à missão em Cabul". "Também mantemos nos pensamentos as famílias dos afegãos que morreram", indicou.
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