Nenhum deles mencionou especificamente o Afeganistão, mas as suas palavras surgem alguns dias depois de o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, ter criticado a posição da União Europeia (UE) na gestão da crise afegã, realçando que mostra "pobreza" no momento de enfrentar o fenómeno da imigração.
Num discurso no Fórum de Diálogo Ambrosetti, que decorre até domingo na cidade italiana de Cernobbio (norte), Mattarella afirmou que a UE deve contribuir para promover "a paz, o desenvolvimento, a segurança e a estabilidade internacional", lembrando ainda que precisa de uma "política externa e de segurança comum".
E prosseguiu: "Trata-se de uma questão sobre a qual a UE se moveu, até agora, com demasiada timidez e que, pelo contrário, representa a continuação natural dessa soberania partilhada destinada também a garantir, aos cidadãos europeus, a continuação de uma experiência de crescimento e progresso".
Assim sendo, a Europa "não pode estar ausente de cenários e acontecimentos cujas consequências são revertidas para os países que a compõem", acrescentou.
Por seu lado, o ministro da Defesa italiano afirmou numa reunião em Washington com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, que "é necessária uma maior assunção de responsabilidades por parte da UE, não em oposição, mas em plena sinergia com a NATO", segundo um comunicado hoje divulgado.
"A promoção do desenvolvimento das capacidades militares europeias deve ser interpretada como uma ação natural e coerente para fortalecer o pilar europeu da Aliança Atlântica", disse.
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