De acordo com o comunicado do Ministério da Defesa de Taiwan, houve duas incursões na quinta-feira, no sudoeste da ilha, nas quais participaram caças J-16 e J-11, aviões-radar KJ-500, aviões de reconhecimento Y-8 e bombardeiros H.
A Força Aérea da ilha emitiu avisos e mobilizou unidades até que os aviões chineses abandonaram o espaço aéreo taiwanês, que não está definido ou regulado por nenhum tratado internacional.
O número e frequência de aviões militares chineses que entraram no ADIZ de Taiwan aumentou nos últimos meses, segundo Taipé.
Esta última incursão ocorre depois de a ilha se ter candidatado ao Acordo Progressivo e Abrangente para a Parceria Transpacífica (CPTPP), um dos maiores acordos comerciais do mundo.
A China também solicitou este mês adesão àquele acordo e opõe-se "categoricamente" ao pedido de Taipé.
A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, pediu, na quinta-feira, através das redes sociais, o apoio do Japão para aderir ao acordo, que entrou em vigor em dezembro de 2018 e inclui onze países, entre os quais México, Peru, Chile, Austrália e Nova Zelândia.
O tratado é uma versão atualizada da Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês), assinada em 4 de fevereiro de 2016, mas que entrou em crise, como resultado da decisão do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump de retirar o seu país, em 2017.
A China, que reivindica a soberania de Taiwan e considera a ilha uma província sua, não descartando a reunificação através da força, opõe-se "categoricamente" à adesão de Taipé ao acordo ou "qualquer tratado e organização internacional".
Especialistas citados pela imprensa chinesa afirmaram hoje que os países signatários do pacto não devem "fornecer qualquer tipo de plataforma" que "incentive atos de independência taiwanesa".
Em novembro de 2001, a ilha passou a ser, sob o nome China -- Taipé, membro pleno da Organização Mundial do Comércio (OMC), horas depois de a China o fazer, sob um acordo pelo qual Taipé não poderia ser admitido antes de Pequim.
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