Rússia pressiona EUA para que se reate acordo nuclear com o Irão
A Rússia pressionou hoje os Estados Unidos para que sejam "mais ativos e para que resolvam todas as questões", de modo a que seja retomado o acordo nuclear com o Irão.
© Reuters
Mundo Nuclear
A declaração foi feita pelo chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, numa conferência de imprensa à margem da assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.
Lavrov espera que as negociações de Viena, para salvar o acordo nuclear - suspensas desde junho -, sejam retomadas "o mais rápido possível", sublinhando que "o Irão não fez nada que seja proibido".
As discussões iniciadas em abril entre Teerão e as cinco potências ainda signatárias do acordo nuclear (França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China), com a participação indireta dos Estados Unidos, estão suspensas desde junho.
Concluído em 2015, o acordo de Viena, designado Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), previa o levantamento de sanções ocidentais ao Irão em troca de uma redução drástica do seu programa nuclear, que ficou sob controlo da ONU, para evitar que o país tentasse desenvolver uma arma atómica.
A saída dos Estados Unidos do pacto em 2018, com o consequente restabelecimento de sanções, e a resposta do Irão desde 2019 de deixar gradualmente de respeitar os seus compromissos enfraqueceu significativamente o JCPOA.
As negociações em Viena para o salvar têm como objetivo o regresso dos países ao seu cumprimento.
Além do Irão, Serguei Lavrov abordou ainda, em declarações hoje aos jornalistas, a relação da Rússia com o Mali, revelando que as autoridades malianas abordaram "empresas privadas russas" com o objetivo de reforçar a segurança no país.
O chefe da diplomacia russa descartou qualquer envolvimento a este respeito, mas sublinhou que para as empresas privadas russas "é uma atividade exercida com uma base legítima".
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