Vulcão de La Palma deixa de emitir lava, fumo e cinzas
Atividade sísmica é a mais baixa da última semana.
© Reuters
Mundo Cana´rias
Tratam-se de boas notícias, segundo o El Pais. O vulcão de La palma terá deixado de lançar lava, fumo e cinzas.
Essa é, pelo menos, a imagem transmitida pela Televisão Canaria, e que acontece no mesmo dia em que a atividade energética da erupção - ou seja, o tremor - foi a mais baixa desta semana.
A coluna de fumo que dispersou as cinzas por toda a ilha desapareceu e o vulcão parece não ter quase nenhuma atividade, embora esta não seja a primeira vez desde o início da erupção que tais períodos de inatividade ocorrem.
"A atividade foi notavelmente reduzida nas últimas horas em La Palma", explicou hoje o Instituto de Geociências de Madrid. "Temos de estar muito atentos à sua evolução porque o cenário pode mudar rapidamente".
Do porto de Tazacorte, pequenas colunas de fumo podem ser vistas ao longo do curso do fluxo principal que devastou a aldeia de Todoque.
O fluxo de lava encontrava-se no domingo a cerca de 1.600 metros da linha costeira, mas não chegou ao mar, segundo a agência Efe.
O comité científico do Plano de Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias (Pevolca) avisou, no domingo, ao fim do dia, que a lava poderia chegar ao mar dentro de algumas horas, e os residentes dos bairros da localidade de Tazacorte foram avisados que deviam permanecer dentro de casa para evitar o risco de gases que poderiam ser libertados.
Nestes oito dias de erupção, outros episódios cíclicos já foram registados, alternando momentos altamente explosivos com outros de relativa calma.
Desde há uma semana, cerca de 500 edifícios já foram destruídos pela lava, que cobre mais de 212 hectares, incluindo muitas plantações de bananas, de acordo com dados do sistema europeu de medição aeroespacial Copernicus.
As duas erupções anteriores em La Palma tiveram lugar em 1971 e 1949 e causaram um total de três mortes, duas das quais devido à inalação de gás.
O vulcão Cumbre Vieja está ativo e a expelir lava desde domingo da semana passada e, apesar desta situação, não houve mortos ou feridos a lamentar entre os 85.000 habitantes da ilha, mas os danos são enormes, acima de 400 milhões de euros, segundo as autoridades regionais.
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