A exigência consta de uma declaração conjunta lida na quinta-feira pelo embaixador francês nas Nações Unidas, Nicolas de Rivière, numa reunião virtual da terceira comissão da Assembleia-Geral da ONU, especializada nos direitos humanos.
A declaração, à qual Portugal se associou este ano, fala de tortura, tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, de esterilização forçada, violência sexual e de género e separação forçada de crianças, "visando de maneira desproporcionada os uigures e membros de outras minorias" étnicas.
Pequim, através do embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, refutou na mesma reunião as acusações que considerou infundadas e disse tratar-se de uma "conspiração para prejudicar a China".
"Xinjiang goza de desenvolvimento e as pessoas emancipam-se a cada dia e orgulham-se dos progressos feitos", afirmou o diplomata chinês, apoiado por Cuba, que criticou a ingerência nos assuntos internos da China.
Os países que subscrevem a declaração reclamam o acesso imediato a Xinjiang de observadores independentes, incluindo do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, evocando informações credíveis sobre a existência de "campos de reeducação política onde mais de um milhão de pessoas estão detidas arbitrariamente".
Após ter 23 signatários há dois anos, a declaração recolheu em 2020 o apoio de 39 nações, às quais se juntaram em 2021, nomeadamente, Portugal, Turquia, República Checa, entre outros, de acordo com diplomatas citados pela agência noticiosa francesa AFP.
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