"A educação financeira é um processo que se pretende introduzir no currículo escolar ao nível dos países da nossa comunidade, União Económica e Monetária da África Ocidental [UEMOA], e o Governo da Guiné-Bissau vai fazer todo o esforço necessário para a sua implementação o mais breve possível", afirmou José Carlos Casimiro.
O secretário de Estado falava na sessão de abertura de um ateliê sobre "Educação Financeira" para assinalar o Dia Mundial da Poupança, que se celebra domingo, e que decorre hoje numa unidade hoteleira em Bissau.
A educação financeira faz parte da estratégia da UEMOA para defesa do consumidor e o ateliê visa dar à população guineense informações para que possam fazer escolhas financeiras que melhor respondam às suas necessidades.
"A educação financeira é fundamental para o progresso social e económico de um país. Uma população bem-educada financeiramente, não só saberá gerir melhor os seus salários e bens, organizar os seus gastos e cuidar melhor do seu dinheiro como também passará a entender melhor sobre economia e mercado", afirmou Mussubá Canté, presidente do Comité Nacional de Seguimento da Implementação da Estratégia de Educação Financeira.
O presidente da Associação Profissional de Bancos e Estabelecimentos Financeiros, Bilaly Diarra, afirmou que, em 2018, a Guiné-Bissau tinha um dos índices mais baixos de inclusão financeira da UEMOA e que ainda há muito "caminho a percorrer".
Segundo Bilaly Diarra, no atual contexto económico da Guiné-Bissau a inclusão financeira terá um papel importante não só para a evolução da cultura financeira, mas também para "melhorar o desempenho das finanças pessoais" e a qualidade de vida dos cidadãos, elevar os níveis de bancarização, reduzir os níveis de incumprimento do crédito, promover o consumo consciente e estimular hábitos de poupança.
Leia Também: Apesar de haver vacinas na Guiné-Bissau só 117 mil foram imunizados