Espanha anuncia 1.350 milhões de euros para Fundo Verde para o Clima
O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou hoje um aumento da contribuição de Espanha de 50% a partir de 2025 para o Fundo Verde para o Clima, correspondendo a 1.350 milhões de euros anuais.
© Reuters
Mundo COP26
Sánchez foi o primeiro dirigente a discursar na sessão plenária da Cimeira de Líderes Mundiais, inserida na 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), hoje em Glasgow, na Escócia, na qualidade de país anfitrião da anterior COP, que decorreu em 2019 em Madrid.
O Fundo Verde para o Clima é um instrumento financeiro que reúne os países mais industrializados para ajudar os países em desenvolvimento a tomar medidas contra as alterações climáticas, com o compromisso internacional de ser dotado com cem mil milhões de dólares (cerca de 86 mil milhões de euros).
Dirigindo-se aos líderes mundiais, o chefe do Governo espanhol pediu à comunidade internacional mais ambição para travar as alterações climáticas, considerando que o objetivo orçamental do Fundo é uma das "provas de fogo" desta cimeira.
"Espanha fará a sua parte. Comprometemo-nos a aumentar o financiamento climático para chegar a 2025 com um aumento de 50% do nosso compromisso atual", indicou.
Pedro Sánchez recordou também, à semelhança do que já tinha feito na cimeira do G20 em Roma, que Espanha destinará 20% dos seus direitos especiais de saque a países vulneráveis, o que implica um mínimo de 350 milhões de euros.
Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, na 26.ª Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre alterações climáticas (COP26) para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.
A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.
Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.
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