Segundo adianta a agência noticiosa Efe, o porta-voz do secretário-geral da ONU, Farhan Khan, limitou-se a referir que os agentes da Minurso verificaram que os dois camiões estavam fortemente danificados e queimados e que o local onde se encontravam era "na parte oriental do Sahara Ocidental, perto da cidade e Bir Lahlu", uma área fora da muralha de defesa marroquina.
Relativamente aos motivos para a presença daqueles camiões numa zona supostamente desmilitarizada -- ainda que a Frente Polisário tenha quebrado o cessar-fogo há já cerca de um ano -- o porta-voz afirmou não ter resposta para essa questão, tendo acrescentando que esse "é um tema que está a ser analisado".
O referido porta-voz, que falava na conferência de imprensa diária, recusou especular sobre se se terá tratado de um atentado ou sobre quem poderá ter sido o autor, num momento em que tem aumentado a tensão na região entre a Argélia e Marrocos.
Esta quinta-feira, através do seu porta-voz, o secretário-geral das Nações Unias, António Guterres, exortou os dois países a dialogarem, manifestando confiança de que a visita do enviado pessoal para o Sahara, Staffan de Mistura, à região ajuará a melhorar a situação.
Na quarta-feira, um comunicado oficial argelino afirmava que "vários fatores apontam para que as forças de ocupação marroquinas no Sahara Ocidental cometeram, com armamento sofisticado, um covarde assassinato através desta nova manifestação e brutal agressividade característica e um conhecida política e expansão territorial e de terror", acrescentando: "O assassinato não ficará impune".
Até agora Marrocos manteve a sua estratégia de silêncio na gestão da tensão com a Argélia e não reagiu oficialmente à última acusação o vizinho.
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