Os participantes - Irão, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão, além da Índia - também discutiram as ameaças decorrentes do terrorismo, radicalização e tráfico de drogas e a necessidade de assistência face à crise humanitária naquele país, refere um comunicado conjunto divulgado após a reunião, sem adiantar mais pormenores.
Também convidados para o encontro "Diálogo de Segurança Regional", o Paquistão e a China - dois países que têm conflitos de fronteira com a anfitriã Índia - recusaram-se a comparecer, tendo o conselheiro de Segurança Nacional do Paquistão, Moeed Yusuf, considerado que a Índia estava "a estragar" e não "a pacificar" o Afeganistão.
Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia, a recusa do Paquistão foi "lamentável, mas não surpreendente", já que "reflete uma visão do Afeganistão como seu protetorado".
Apesar de o encontro se centrar na questão do Afeganistão, os representantes deste país não foram convidados.
"Isso não nos preocupa", garantiu hoje o principal porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid.
Segundo o porta-voz, os talibãs saúdam "estes eventos relacionados com o Afeganistão" e estão "otimistas com a realização destas conferências".
Esta é a terceira reunião sobre o Afeganistão, realizada neste formato, depois de duas outras no Irão, em 2018 e 2019.
O encontro coincide com a primeira visita oficial de uma delegação de alto nível do regime talibã ao Paquistão e realiza-se na véspera de uma outra reunião de representantes da comunidade internacional sobre a situação no Afeganistão, prevista para quinta-feira em Islamabad.
"O Paquistão sediará a reunião da 'troika' ampliada" para a solução do conflito afegão, avançou um diplomata paquistanês, citado pela agência de notícias espanhola EFE, adiantando que é esperada "a participação de representantes especiais para o Afeganistão dos Estados Unidos, China, Rússia e do ministro afegão".
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