Serviços secretos israelitas reivindicam prisão de 50 membros do Hamas

Os serviços de segurança israelitas anunciaram hoje que desmantelaram nas últimas semanas uma célula com mais de 50 membros do movimento islamita Hamas, na Cisjordânia ocupada, que estariam a preparar ataques anti-israelitas.

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Lusa
22/11/2021 17:14 ‧ 22/11/2021 por Lusa

Mundo

Cisjordânia

Este anúncio do Shin Beth, os serviços secretos internos, surgiu um dia após um ataque perpetrado em Jerusalém por um membro do Hamas, que provocou a morte de um israelita e ferimentos em três pessoas. O atacante foi abatido.

O Hamas, no poder no enclave palestiniano de Gaza sob bloqueio israelita, é um declarado inimigo de Israel, que considera o grupo uma "organização terrorista".

Em comunicado, o Shin Beth indicou que mais de 50 membros do Hamas envolvidos nas atividades desta célula foram detidos, para além de terem recolhido dinheiro, armas e material para o fabrico de explosivos.

Ativa na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967, a "célula terrorista" era "dirigida por responsáveis do movimento no estrangeiro" e preparava-se para cometer atentados em Jerusalém, na Cisjordânia e em Israel, segundo a mesma fonte.

O Shin Beth afirmou que a operação foi conduzida em cooperação com o exército e polícia israelitas.

O comunicado acrescenta que uma das pessoas detidas é Hijazi Qawasmeh, membro do Hamas em Hebron, na Cisjordânia. É suspeito de ter recebido importantes somas em dinheiro para organizar esta célula, e segundo o Shin Beth terá ainda obtido a promessa de receber um milhão de dólares (886 mil euros) para sequestrar um israelita.

"As atividades [da célula] eram financiadas por altos responsáveis do Hamas, em particular Saleh al-Arouri (...), líder de um grupo que atua no estrangeiro para promover atividades do Hamas na Cisjordânia e em Jerusalém", asseguraram ainda os serviços secretos israelitas.

O Hamas e Israel já se defrontaram em quatro guerras (2008, 2012, 2014 e 2021).

Leia Também: Lideranças da Fatah e do Hamas "já não representam palestinianos"

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