Este anúncio do Shin Beth, os serviços secretos internos, surgiu um dia após um ataque perpetrado em Jerusalém por um membro do Hamas, que provocou a morte de um israelita e ferimentos em três pessoas. O atacante foi abatido.
O Hamas, no poder no enclave palestiniano de Gaza sob bloqueio israelita, é um declarado inimigo de Israel, que considera o grupo uma "organização terrorista".
Em comunicado, o Shin Beth indicou que mais de 50 membros do Hamas envolvidos nas atividades desta célula foram detidos, para além de terem recolhido dinheiro, armas e material para o fabrico de explosivos.
Ativa na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967, a "célula terrorista" era "dirigida por responsáveis do movimento no estrangeiro" e preparava-se para cometer atentados em Jerusalém, na Cisjordânia e em Israel, segundo a mesma fonte.
O Shin Beth afirmou que a operação foi conduzida em cooperação com o exército e polícia israelitas.
O comunicado acrescenta que uma das pessoas detidas é Hijazi Qawasmeh, membro do Hamas em Hebron, na Cisjordânia. É suspeito de ter recebido importantes somas em dinheiro para organizar esta célula, e segundo o Shin Beth terá ainda obtido a promessa de receber um milhão de dólares (886 mil euros) para sequestrar um israelita.
"As atividades [da célula] eram financiadas por altos responsáveis do Hamas, em particular Saleh al-Arouri (...), líder de um grupo que atua no estrangeiro para promover atividades do Hamas na Cisjordânia e em Jerusalém", asseguraram ainda os serviços secretos israelitas.
O Hamas e Israel já se defrontaram em quatro guerras (2008, 2012, 2014 e 2021).
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