Segundo os dados da Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas (Frontex), nos primeiros dez meses de 2021, a maior subida foi registada na fronteira terrestre oriental (na Polónia e nos países bálticos) com a Bielorrússia: 1444%, para as 8.000 passagens ilegais.
O pico de passagens ilegais na fronteira da UE com a Bielorrússia registou-se em julho (3.200), tendo recuado com o reforço das medidas de controlo até às 600 em outubro.
A rota dos Balcãs Ocidentais (que atravessa nomeadamente a Macedónia e a Sérvia e países da UE como a Croácia e a Eslovénia e por onde entram maioritariamente sírios, afegãos e ainda marroquinos) cresceu 140% face a 2020 e 810% na comparação com o ano anterior, para as 48.500 travessias irregulares.
A terceira maior subida registou-se, entre janeiro e outubro, na rota do Mediterrâneo Central (que sai da Tunísia, Argélia e da Líbia em direção a Itália e a Malta), para as 55 mil passagens, um acréscimo de 85% face a 2020 e de 186% em comparação com 2019.
A rota da África Ocidental (em direção ao arquipélago espanhol das Canárias) registou um aumento de 46% face a 2020 e de 1020% em comparação com 2019, para um total de 16.710.
Já a rota do Mediterrâneo Ocidental (de Marrocos para Espanha) cresceu 14% e 23%, em relação a 2020 e a 2019, para as 16.390 travessias ilegais.
A única rota que, nos primeiros dez meses do ano, apresentou um recuo foi a do Mediterrâneo Oriental, da Turquia para a Grécia, menos 11% face a 2020 e menos 76% na comparação com 2019, para as 15.770 travessias irregulares.
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