Merkel, de 67 anos, entregou a chancelaria alemã ao social-democrata Olaf Scholz na passada quarta-feira, após 16 anos no poder, tendo escolhido não concorrer a um quinto mandato e não divulgar os seus planos para o futuro, embora já tenha dito que não tentará outro cargo político.
Hoje, Beate Baumann, assessora da ex-chanceler alemã, disse ao semanário Der Spiegel que Merkel vai escrever um livro, para "explicar as suas decisões políticas centrais, pelas suas próprias palavras".
O projeto de redação do livro tem uma duração prevista de dois a três anos, segundo Baumann, que acrescentou que Merkel não vai recorrer a um escritor-fantasma (pessoa que escreve obras para outrem que assume a autoria), tendo decidido escrever ela mesma as suas memórias, "sem ajuda de um historiador ou de um jornalista".
Merkel, uma ex-cientista que cresceu na Alemanha Oriental, entrou na política quando o regime comunista se desmoronou, juntando-se ao primeiro Governo pós-reunificação, do então chanceler Helmut Kohl, em 1990.
Angela Merkel foi ministra para a Família e depois ficou com a pasta do Ambiente, antes de se tornar líder da União Democrática Cristã (CDU), de centro-direita, em 2000, quando estava na oposição, tendo sido eleita a primeira mulher chanceler da Alemanha, em 2005.
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