Estados Unidos reduz de 10 para 5 dias isolamento de assintomáticos
As autoridades norte-americanas reduziram de dez para cinco dias a duração do período de isolamento das pessoas que testam positivo para a Covid-19, desde que estas estejam assintomáticas, foi hoje anunciado, depois da medida ter sido recomendada na segunda-feira.
© Spencer Platt/Getty Images
Mundo Covid-19
O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, precisou, num comunicado citado pela Agência France Presse, que esta alteração é "justificada pela ciência", segundo a qual a maioria das infeções acontecem nos dois dias antes e nos três dias após o surgimento de sintomas.
"Estas atualizações permitem que todos continuem com a vida quotidiana em segurança", referiu a diretora do CDC, Rochelle Walensky, citada no comunicado.
A variante Omicron, mais transmissível que as anteriores, já é maioritária nos Estados Unidos e o número de casos tem aumentado bastante no país, com mais de 200 mil casos diários nos últimos dias, aproximando-se do recorde de janeiro deste ano.
As autoridades norte-americanas estão preocupadas com a possível paralisação de alguns setores económicos por falta de mão-de-obra.
Ao reduzir para metade os dias de isolamento das pessoas assintomáticas, as autoridades de saúde aconselham-nas a que usem máscara nos cinco dias seguintes.
A duração da quarentena no caso de contactos não vacinados também é reduzida de 14 para cinco dias, igualmente com o conselho do uso de máscara nos cinco dias seguintes. Segundo as novas recomendações, os contactos com a vacinação completa não precisam de isolamento.
Em 23 de dezembro, as autoridades norte-americanas já tinham reduzido a duração do período de isolamento para os cuidadores.
As recomendações do CDC têm valor de referência e são amplamente seguidas nos Estados Unidos, mas não constituem uma obrigação federal.
O forte aumento do número de casos no país, e os períodos de isolamento necessários, levaram a que as companhias aéreas cancelassem centenas de voos nos últimos dias.
Na segunda-feira, o presidente norte-americano, Joe Biden, reconheceu que hospitais em todo o país estão "sobrecarregados, em termos de equipamentos e de pessoal", mas pediu aos norte-americanos que não entrem "em pânico".
A covid-19 provocou mais de 5,40 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da Agência France-Presse.
Os Estados Unidos continuam a ser um dos países mais atingidos pela pandemia, com mais de 816.000 mortes e 52,3 milhões de infeções desde março de 2020, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países.
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