Os dados foram comunicados pelo Instituto de Saúde Pública dos Países Baixos (RIVM) e por um responsável pelo laboratório nacional de referência da Bélgica para questões de covid-19, que destacou que a variante Ómicron já representa 60% das infeções.
Nos Países Baixos, o número de casos positivos diminuiu 11%, mas o RIVM adverte que a Ómicron levará a um aumento dos contágios e, provavelmente, também das hospitalizações.
Por precaução, o governo de Haia introduziu o que denomina por um "confinamento estrito", que consiste em limitar os contactos sociais através do recurso ao teletrabalho e no encerramento de toda a atividade não essencial até 14 de janeiro, e de todos os estabelecimentos de ensino até dia 09, pelo menos.
As restrições incluem, ainda, um limite máximo de duas visitas por lar e também em grupos de pessoas ao ar livre.
O objetivo é, juntamente com a campanha de inoculação das doses de reforço da vacina, retardar o avanço da Ómicron durante o mês de janeiro, limitando o número de contágios com esta variante e a pressão sobre os serviços hospitalares.
Na Bélgica, a incidência cumulativa caiu abaixo dos 1.000 casos pela primeira vez na atual onda de infeções e a taxa de contágios semanais diminuiu 25%.
No entanto, por precaução, o Governo e as várias regiões da Bélgica também endureceram as restrições no domingo, embora não tanto como os seus vizinhos holandeses.
Ao teletrabalho recomendado e ao encerramento de bares e restaurantes em horário noturno, foi acrescentada a cessação de atividade de cinemas, teatros e salas de espetáculos, assim como a proibição de público nas bancadas de estádios ao ar livre.
As novas medidas, criticadas por vários conceituados virologistas locais, colocaram em pé de guerra o setor da cultura, que levou a decisão a tribunal e gerou uma crise de legitimidade na gestão da pandemia por parte do Governo do liberal Alexander de Croo.
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