Cerca de um ano após o lançamento de um plano de vacinação maciço através de um acordo com a empresa farmacêutica Pfizer e quase seis meses depois de ter começado a administrar doses de reforço, as autoridades sanitárias israelitas deram 'luz verde' na quinta-feira para administrar a quarta dose de vacina a pessoas com o sistema imunitário comprometido.
Entre as pessoas que já receberam uma quarta dose estão alguns pacientes do hospital de Sheba, em Ramat Gan, um subúrbio de Telavive, que foram submetidos a transplantes cardíacos, por exemplo. O hospital iniciou um ensaio clínico na segunda-feira, administrando uma quarta dose da vacina contra a covid-19 aos seus prestadores de cuidados.
"Tivemos bons resultados com a terceira dose, que não causou quaisquer efeitos secundários além de dor localizada suave. Estamos ansiosos por ver a resposta a esta quarta dose", afirmou a médica Galia Rahav, secundada pelo cardiologista Yael Peled: "Esta dose irá aumentar a proteção contra o coronavírus [SARS-CoV-2]".
Segundo o diretor do departamento de doenças infecciosas desta unidade hospitalar, Gili Regev-Yochay, a administração de uma quarta dose irá avaliar o possível aumento de anticorpos, a ocorrência de efeitos secundários e se reduz ou não o risco de infeção.
O diretor-geral do Ministério da Saúde, Nachman Ash, também autorizou hoje a administração da quarta dose a residentes de lares de idosos e pacientes em departamentos geriátricos. "A decisão foi tomada na sequência de receios de um aumento do número de contaminações nestas instituições, que põem em perigo a saúde destas pessoas", referiu uma nota do ministério.
Já o primeiro-ministro, Naftali Bennett, disse na última semana que todos os israelitas com mais de 60 anos e os profissionais de saúde teriam direito a uma quarta dose, mas essa decisão carece ainda de aprovação pelo Ministério da Saúde.
A administração de uma quarta dose irá avaliar o possível aumento de anticorpos e a ocorrência de efeitos secundários, e se reduz ou não o risco de infecção, disse Gili Regev-Yochay, diretor do departamento de doenças infecciosas do Hospital de Sheba.
Israel já recebeu na quinta-feira o primeiro carregamento de comprimidos contra a covid-19 produzidos pela Pfizer, uma vez que o número de casos continua a aumentar.
As autoridades de saúde israelitas contabilizaram mais de 4.000 novos casos de covid-19 na quinta-feira, um recorde desde setembro, mas até agora tal aumento não se traduziu num crescimento exponencial dos internamentos hospitalares.
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