Os nativos da comunidade Saramurillo, do grupo étnico Kukama Kukamiria, concordaram em permitir o desembarque de barcaças carregadas com petróleo bruto do campo petrolífero Lote 95, operado pela empresa canadiana PetroTal, e prometeram manter relações cordiais com empresas e instituições.
Em troca, o Governo peruano comprometeu-se a satisfazer várias exigências da comunidade indígena em relação ao fornecimento de eletricidade, educação, saúde e instalações comunitárias.
O acordo foi alcançado após dois dias de negociações entre representantes da comunidade nativa e o Governo na sede do Instituto Peruano de Investigação Amazónica (IIAP), localizado na cidade de Iquitos, capital da região do Loreto (nordeste), a maior do Peru.
"O diálogo é o caminho a seguir: representantes da comunidade nativa de Saramurillo, autoridades locais e o poder executivo chegaram a acordos que permitirão avançar na resposta às exigências da população local", celebrou a primeira-ministra, Mirtha Vasquez.
Entre os compromissos adotados pelo Executivo está a adjudicação nesta quinta-feira do concurso para o projeto de "melhoria e integração do sistema elétrico nas comunidades de San José de Saramuro e Saramurillo", com o objetivo de completar o trabalho durante o corrente ano.
Do mesmo modo, a PetroTal e a empresa estatal Petroperu, o operador do gasoduto, comprometeram-se a financiar a construção de um edifício comunitário para a comunidade.
Foi também acordado acelerar o processamento de vários projetos de educação e saúde, e a Presidência do Conselho de Ministros irá coordenar com vários ministérios, tais como Agricultura, Ambiente, Energia e Justiça para definir ações para que a comunidade aborde os vários problemas levantados pelo chefe nativo.
Leia Também: Brasil rejeita ajuda humanitária da Argentina às inundações na Bahia