Um arquivo de preciosas cartas de família, deixado para trás num avião que aterrou em Chicago, nos Estados Unidos, foi devolvido algumas semanas depois do esquecimento, graças à persistência de uma funcionária da companhia aérea.
Rachel DeGolia contou que a mãe, Lois, já tinha morrido e que uma prima tinha encontrado recentemente um arquivo de cartas que Lois tinha escrito ao irmão, Phil, entre as décadas de 1940 e 1970.
As cartas tinham sido entregues ao irmão de Rachel para que pudesse digitalizá-las e fazer cópias, mas acidentalmente deixou-as para trás no seu voo da Southwest Airlines de Nova York para o Aeroporto Midway em Chicago. Só horas depois de aterrar é que o irmão percebeu que as cartas tinham desaparecido.
Por seu lado, Sarah Haffner, supervisora do serviço de bagagens da transportadora naquele aeroporto, chegou ao trabalho após alguns dias de folga e encontrou o arquivo dentro do cofre do escritório. Os objetos de valor são normalmente enviados para um depósito de bagagem perdida em Dallas após 24 horas, mas os gerentes tinham decidido guardar as cartas na esperança de encontrar o proprietário.
Mas as cartas já estavam no cofre há cerca de duas semanas quando o gerente disse aos funcionários que tinham desistido da procura e Sarah foi convidada a fazer os seus próprios esforços antes de enviar as cartas para o depósito.
Tinha o nome 'Rachel DeGolia' para continuar, mas não havia registo da sua presença em voos recentes. Decidiu procurar no Google e encontrou alguém com esse nome em Ohio, juntamente com um número de telefone.
"Certa noite, às 21h, recebi uma chamada", recordou Rachel à CNN. “Disse que era a Sarah da Southwest, e eu interrompi-a e perguntei: 'Encontrou as cartas?' Não podia acreditar, foi incrível", acrescentou.
"Foi a coisa mais preciosa que já tive de encontrar. Quando coisas de valor desaparecem, as pessoas ficam aliviadas por encontrar, mas não são coisas que tenham valor emocional, é diferente", reconheceu Sarah.
A cunhada de Rachel dirigiu-se depois ao aeroporto e recolheu as cartas, que, garantiu a mulher, "já foram copiadas digitalmente".
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