Foi no início do ano de 2021 que Felipe Turover, um homem de 56 anos, apareceu em casa de Eladio Freijo e da mulher, María. Alugou um quarto pela Airbnb, como tantos outros tinham feito.
Apesar da cabeça rapada, corpulento e um espanhol imperfeito, que denunciava a origem russa, o casal estava longe de imaginar que ia dormir debaixo do mesmo teto que um ex-espião da KGB que alega estar a fugir de Putin.
Segundo conta o El País, ia ficar apenas 10 dias na casa do casal em Villaviciosa de Odón, nas redondezas de Madrid, mas acabou por permanecer muito mais tempo. A convivência entre o casal e o inquilino corria de feição e foi só quando pesquisaram pelo nome do russo no Google é que perceberam que se tratava de um ex-espião da KGB com um passado recheado. Das pesquisas, concluíram que Turover teve acesso a informação que denunciava a corrupção de Boris Yeltsin, dando início a um escândalo que acabou em 31 de dezembro de 1999 com a ascensão de Putin à presidência.
Para além das questões prementes do casal, o hóspede foi renovando a estadia, deixando-os ainda mais apreensivos. Mas se durante meses a convivência era cordial, hoje em dia Felipe Turover continua a viver com o casal, mas não lhes fala, nem paga a renda desde setembro de 2021.
O casal, descreve ao mesmo jornal, que dorme de porta trancada à chave e escutam o homem falar ao telefone em várias línguas. Os tribunais e a Guardia Civil dizem que não o podem expulsar de imediato e que devem esperar uma decisão judicial que pode demorar meses
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