Um anterior balanço, da responsabilidade das autoridades locais, dava conta de 12 vítimas mortais.
O terramoto também destruiu centenas de casas, a maioria delas de construção muito frágil, que já estavam danificadas devido às fortes chuvas que caíram na região nos últimos dias, adiantou Jens Laerke numa conferência de imprensa hoje realizada.
As pessoas que perderam as respetivas casas foram acolhidas por familiares e outros membros das comunidades locais, mas todos os desalojados precisam urgentemente de alimentos, roupas e outros bens para lidar com as baixas temperaturas, alertou o representante.
As organizações humanitárias já estão a distribuir parte da ajuda necessária, como alimentos, pastilhas de purificação de água e outros materiais, acrescentou ainda o porta-voz.
O sismo de segunda-feira, de magnitude 5,3, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), afetou várias cidades no distrito de Qadis.
Também as autoridades afegãs garantiram hoje que estão a prestar ajuda às vítimas, referindo que os trabalhos continuam a decorrer na área e que foi pedido a "todas as agências relevantes e ao Ministério da Gestão de Desastres para contactarem as famílias afetadas para prestar assistência de emergência", sublinhou o porta-voz do Governo talibã, Bilal Karimi, citado pela agência espanhola de notícias EFE.
Imagens divulgadas da tragédia mostram pelo menos uma aldeia de casas de barro destruída pelo terramoto, além dos corpos de um idoso e de uma menina recuperados dos escombros.
"Todas as mortes se devem ao desabamento dos telhados das casas, já que a maioria das pessoas dessas áreas é pobre e vive em casas de adobe (tijolos de argila)", explicou um morador da região, Mirwais Omari.
O sismo de segunda-feira foi registado numa altura em que o Afeganistão enfrenta uma crise humanitária séria, agravada pelo início do inverno e pela tomada do poder pelos talibãs, em agosto passado.
O Afeganistão é propenso a terramotos, especialmente na região conhecida como Hindu Kush, que tem uma atividade sísmica muito intensa e é o ponto de origem habitual dos movimentos telúricos na área.
Em outubro de 2015, um terramoto de magnitude 7,7 com epicentro no extremo nordeste do país provocou mais de 100 mortos e quase 300 mortos no vizinho Paquistão, onde também foram contabilizados mais de 2.000 feridos.
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