Liz Truss, acompanhada do seu colega da Defesa, Ben Wallace, e que se vai encontrar na sexta-feira com as autoridades australianas para estreitar as relações bilaterais, alertou que uma invasão da Ucrânia pela Rússia, conduziria a um "terrível atoleiro", de acordo com um comunicado distribuído hoje pelo seu gabinete.
A Rússia deslocou dezenas de milhar de soldados para as fronteiras da Ucrânia nos últimos meses, aumentando o receio de uma invasão e, embora Moscovo negue tal intenção exige garantias escritas de que Kiev não integrará a NATO.
"Juntamente com os nossos aliados, continuaremos a apoiar a Ucrânia e a instar a Rússia a diminuir a escalada e a participar em discussões construtivas", deverá dizer Liz Truss, segundo excertos divulgados antecipadamente pelo seu gabinete.
De acordo com os excertos divulgados hoje, "o Kremlin não aprendeu as lições da história".
"Uma invasão só levará a um terrível atoleiro e à perda de vidas, como no Afeganistão soviético e no conflito na Chechénia", considera Liz Truss.
Após uma série de negociações diplomáticas na Europa na semana passada, Moscovo e Washington deverão tentar novamente nesta sexta-feira neutralizar a ameaça de um novo conflito na Ucrânia durante um encontro em Genebra entre o chefe da diplomacia americana Antony Blinken e o seu homólogo russo, Serguei Lavrov.
Com a visita à Austrália, Liz Truss pretende reforçar a cooperação militar, tecnológica e económica entre Londres e Camberra, a fim de estabelecer a estratégia da "Grã-Bretanha Global" após a saída do Reino Unido da União Europeia.
No setor da Defesa, as duas capitais firmaram em setembro passado, com os Estados Unidos, a parceria denominada AUKUS, que prevê a entrega de submarinos de propulsão nuclear britânicos à Austrália.
No plano geral, Liz Truss pede às democracias ocidentais que trabalhem mais de perto com a Austrália e outros aliados na região do Indo-Pacífico para "enfrentar os agressores globais" que "se sentem encorajados de formas inéditas desde a Guerra Fria".
Os "agressores globais" pretendem "exportar a ditadura como um serviço para todo o mundo. É por isso que regimes como os da Bielorrússia, Coreia do Norte e Myanmar (antiga Birmânia) encontram em Moscovo e Pequim os seus aliados mais próximos", considera.
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