O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai receber o novo chanceler alemão, Olaf Scholz, a 7 de fevereiro, anunciou esta quinta-feira a Casa Branca.
Em cima da mesa estará a situação de tensão na Ucrânia, devido à presença de cerca de 100.000 tropas russas na sua fronteira.
"A visita do chanceler será uma oportunidade de afirmar os profundos e duradouros laços entre os EUA e Alemanha", adianta a nota da Casa Branca, que acrescenta que Biden e Olaf "discutirão os seus compromissos pessoais, seja na diplomacia seja nos esforços comuns para impedir uma possível agressão russa contra a Ucrânia."
Há uns dias, a Casa Branca já tinha anunciado que os dois chefes de Estado se deveriam reunir em breve, depois de contestar algumas notícias que davam conta de que o chanceler alemão teria recusado um convite do presidente dos EUA para se reunir em Washington.
A confirmação do encontro surge um dia depois de os Estados Unidos terem rejeitado garantir à Rússia o fim da expansão da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para leste, em particular para a Ucrânia e a Geórgia, o fim de toda a cooperação militar com as antigas repúblicas soviéticas e a retirada de tropas e armamento da NATO para as posições que ocupava antes de 1997.
Os países ocidentais têm vindo a acusar a Rússia de pretender invadir novamente o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014, e de alegadamente patrocinar, desde então, um conflito em Donbass, no leste da Ucrânia.
A Rússia, que tem concentrado dezenas de milhares de militares junto da fronteira com a Ucrânia, nega quaisquer planos para uma invasão, mas associa uma diminuição da tensão a tratados que garantam que a NATO não se expandirá para países do antigo bloco soviético.
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