"O povo judeu nunca mais estará indefeso como estava no Holocausto", disse o chefe do governo num evento em Jerusalém com o corpo de embaixadores acreditados em Israel, onde vivem cerca de 165.800 sobreviventes do genocídio em massa de judeus durante a II Guerra Mundial.
O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é assinalado a 27 de janeiro para celebrar a libertação do campo de extermínio de Auschwitz, construído pelo regime nazi da Alemanha em território polaco, nesse dia do ano de 1945.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Yair Lapid, viajou para a Áustria para participar hoje num evento em Mauthausen, o campo onde o seu avô morreu, enquanto o presidente do Knesset (parlamento israelita), Mickey Levy, se deslocou a Berlim para fazer um discurso invulgar, em hebraico e visivelmente emocionado, no Bundestag (parlamento alemão).
Israel acolhe atualmente cerca de 165.800 sobreviventes do Holocausto, segundo dados divulgados esta semana pelo governo, com uma idade média de 85 anos e dos quais 60% são mulheres.
Há 950 sobreviventes que têm mais de 100 anos e cerca de 19% do total têm mais de 90 anos.
Cerca de 40% dos sobreviventes emigraram para Israel em 1951, e mais de um terço na última vaga de imigração na década de 90, provenientes sobretudo da antiga URSS.
A Fundação para o Bem-Estar dos Sobreviventes do Holocausto divulgou hoje um relatório que assinala que um quarto deles vive na pobreza, alguns mesmo em total miséria, apesar de o Governo israelita lhes conceder anualmente cerca de 1,28 milhões de dólares (quase 1,15 milhões de euros) em benefícios diretos e subsídios.
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