Os ataques aéreos turcos na noite de terça-feira atingiram uma central perto da cidade de Al-Malikiya, na província síria de Hassakeh.
"Pelo menos quatro pessoas foram mortas no ataque contra uma central elétrica perto de Al-Malikiya", sob o controlo das Forças Democráticas Sírias (FDS), dominadas pelos curdos, indicou o OSDH, que tem uma vasta rede de fontes na Síria.
As pessoas mortas no ataque eram agentes de segurança da central elétrica. Outros trabalhadores ficaram feridos.
O ataque também provocou danos na central elétrica, causando uma queda de energia nas cidades e aldeias vizinhas, acrescentou a ONG.
Ancara confirmou, num comunicado, que o ataque tinha como alvo várias posições de milícias curdas na Síria, incluindo em Al-Malikiya, e também no Iraque, mas em mencionar baixas.
De acordo com este comunicado, os ataques ocorreram em regiões "usadas como bases de retaguarda por terroristas" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), classificado como uma organização terrorista por Ancara, assim como as Unidades de Proteção Popular (YPG).
Essa milícia curda, pilar das FDS, é uma ramificação "terrorista" do PKK, segundo Ancara, que já atacou o movimento em várias ocasiões.
Washington, por sua vez, teve a ajuda das FDS para derrotar os 'jihadistas' do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Síria e no vizinho Iraque.
"A Turquia está a tentar continuar o que o EI começou", acusaram as YPG na rede social Twitter, referindo-se ao ataque do Estado Islâmico, de 20 de janeiro, a uma prisão em Hassakeh que abriga 'jihadistas', sob o controlo das forças curdas.
O ataque, a maior ofensiva do EI desde a sua derrota em 2019 na Síria, foi seguido por dias de intensos confrontos entre curdos e o grupo extremista e causou centenas de mortos nos dois lados.
Desencadeada em março de 2011 por causa da repressão contra as manifestações pró-democracia, a guerra na Síria já provocou quase meio milhão de mortos, de acordo com o OSDH, e obrigou à deslocação de milhões de pessoas.
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