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Kremlin considera situação na Chechénia "controlada"

A Presidência russa negou hoje ter perdido o controlo das autoridades na Chechénia, república russa onde foi desencadeada uma campanha de repressão contra uma família crítica do dirigente local Ramzan Kadyrov.

Kremlin considera situação na Chechénia "controlada"
Notícias ao Minuto

16:45 - 03/02/22 por Lusa

Mundo Dmitri Peskov

"Não estou de acordo em dizer que a situação [na Chechénia] está fora de controlo", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, também desmentindo que o Presidente Vladimir Putin tenha demasiado "medo" de Kadyrov para o pressionar.

"Por que motivo deveria Putin ter medo de um dirigente de uma região russa?", questionou Peskov.

As autoridades chechenas, lideradas por Kadyrov, são desde há vários anos acusadas de torturar e brutalizar os seus opositores, e qualquer voz crítica, e ainda os homossexuais.

A preocupação dos defensores dos direitos humanos acentuou-se nos últimos dias, após a detenção da mãe de um conhecido ativista anti-tortura no exílio, com o objetivo de pressionar o seu filho.

Segundo a sua família, Zarema Moussaieva, 59 anos, foi levada à força por homens com o rosto coberto em Nijni-Novgorod, antes de ser transportada para a Chechénia, a uma distância de 1.800 quilómetros.

O seu marido, Saidi Iangoulbaiev, é um antigo juiz federal russo de origem chechena, hoje um crítico de Kadyrov.

O seu filho Aboubakar Iangoulbaiev trabalhou como advogado para a organização não governamental (ONG) Comité Contra a Tortura e deixou a Rússia após ser submetido a interrogatório em dezembro passado.

Nos últimos dias também se multiplicaram declarações violentas de diversos responsáveis chechenos, indica a agência noticiosa AFP.

Na quarta-feira, Adam Delimkhanov, um deputado checheno da Duma, a câmara baixa do parlamento russo, jurou nas redes sociais "decapitar" toda a família de Zarema Moussaieva.

Algumas horas mais tarde, Putin convocava Kadyrov para uma reunião no Kremlin.

Num vídeo publicado no Instagram, o dirigente checheno declarou ter discutido com Putin "questões urgentes" e assegurou que "o Presidente continua a apoiar-nos".

Kadyrov, que dirige de forma autoritária esta república russa do Cáucaso do Norte, é acusado de diversas violações dos direitos humanos, e já ameaçou perseguir a família de Moussaieva.

"Esta pequena família tem o lugar que a espera, seja na prisão ou debaixo da terra", escreveu no Telegram um dia após a sua detenção.

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