Embaixador diz que Ucrânia pode abandonar intenção de integrar NATO

A Ucrânia pode abandonar a sua intenção de ingressar na NATO para evitar um confronto militar com a Rússia, disse hoje o embaixador ucraniano no Reino Unido, Vadym Prystaiko.

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Lusa
14/02/2022 08:51 ‧ 14/02/2022 por Lusa

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Ucrânia

 

Em declaração à BBC, o embaixador indicou que o seu país seria "flexível" quanto ao seu objetivo de ingressar na Aliança Atlântica, sublinhando que a Ucrânia é um país "responsável", após o Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçar entrar num conflito armado.

"Podemos [não aderir], especialmente a ser ameaçados assim, intimidados assim", disse Prystaiko, quando perguntado se Kiev mudaria a sua posição de integrar a NATO.

Mais tarde, porém, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Oleg Nikolenko, disse à UNIAN que as palavras do embaixador "foram retiradas do contexto".

Nikolenko disse que Prystaiko mencionou o facto de que as perspetivas de adesão da Ucrânia à NATO estão consagradas na Constituição, mas que a Ucrânia ainda não é membro da Aliança Atlântica ou de qualquer outra aliança de segurança.

A Ucrânia não é membro da Aliança Atlântica, mas manifestou interesse em entrar na organização militar ocidental, uma decisão que é vista como uma linha vermelha para o Kremlin.

A tensão entre Kiev e Moscovo aumentou desde novembro passado, depois de a Rússia ter estacionado mais de 100.000 soldados perto da fronteira ucraniana, o que fez disparar alarmes na Ucrânia e no Ocidente, que denunciou os preparativos para uma invasão daquela ex-república soviética.

Em dezembro, a Rússia exigiu garantias de segurança obrigatórias dos EUA e da NATO para impedir que a Aliança Atlântica se expandisse mais para o leste e implantasse armas ofensivas perto de suas fronteiras.

Moscovo escreveu recentemente uma carta a todos os países membros da OSCE pedindo-lhes que se posicionassem sobre o que entendem por segurança indivisível na Europa.

Apesar dos esforços diplomáticos, a diminuição da escalada militar e da tensão não foi alcançada até agora.

A Rússia alega que tem o direito soberano de estacionar tropas em qualquer lugar de seu território e, por sua vez, denuncia o fornecimento massivo de armas à Ucrânia pelo Ocidente.

[Notícia atualizada às 13h53]

Leia Também: Tensão na Ucrânia. Portugal terá tropas na Roménia, diz Marques Mendes

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