De acordo com um comunicado hoje divulgado pelo Palácio do Eliseu, o chefe de Estado convocou "uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas", denunciando "uma violação unilateral dos compromissos internacionais da Rússia e um ataque à soberania da Ucrânia".
Numa pequena nota no Twitter, a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, adiantou que o Reino Unido anunciará terça-feira "novas sanções" contra a Rússia.
"Amanhã [terça-feira] vamos anunciar novas sacões à Rússia, em resposta à violação do direito internacional e ao ataque à soberania e à integridade territorial da Ucrânia", escrevei Liz Truss.
Ao início da noite de hoje, a governante havia emitido um comunicado a condenar a atitude de Vladimir Putin ao reconhecer Lugansk e Donetsk como Estados independentes, mostrando, segundo a qual, um "flagrante despeito aos compromissos da Rússia sob os acordos de Minsk".
"Este passo representa mais um ataque à soberania e à integridade territorial da Ucrânia, sinaliza o fim do processo de Minsk e é uma violação da Carta da ONU. Demonstra a decisão da Rússia de escolher um caminho de confronto em vez de diálogo", anotou.
Lis Truss disse ainda que o Reino Unido não irá permitir que "a violação da Rússia dos compromissos internacionais fique impune", sustentando que será coordenada uma "resposta com os aliados".
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu hoje a independência dos territórios separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia e instou o parlamento a assinar os tratados que permitirão o apoio militar de Moscovo a estas autoproclamadas repúblicas.
"Considero necessário tomar esta decisão que estava pensada há muito tempo, de reconhecer imediatamente a independência da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk", referiu o chefe de Estado russo num discurso transmitido pela televisão estatal, depois do Kremlin ter divulgado esta intenção.
Putin pediu também ao parlamento russo para "aprovar esta decisão" para, em seguida, "ratificar os acordos de amizade e de ajuda mútua a estas repúblicas", o que permitirá a Moscovo, por exemplo, enviar apoio militar aos dois territórios pró-russos do Donbass ucraniano.