"As próximas horas e [os próximos] dias serão críticos. O risco de um grande conflito é real e deve ser evitado a todo o custo", disse Rosemary DiCarlo a norte-americana numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia.
A responsável norte-americana disse que o reconhecimento russo de Donetsk e Lugansk e o possível envio de soldados russos para "manutenção da paz" uma violação da integridade territorial e da soberania da Ucrânia.
Numa rara reunião noturna do órgão mais poderoso da ONU, a secretária-geral adjunta disse que todos os envolvidos devem se procurar encerrar as hostilidades imediatamente.
DiCarlo expressou profunda preocupação com relatos de vítimas civis, ataques a infraestrutura civil e a escalada de bombardeamentos entre áreas controladas pelo governo e os separatistas apoiados pela Rússia.
Monitores da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) registaram 3.231 violações do cessar-fogo na área de Donbass, no leste da Ucrânia, de sexta a domingo, disse.
A maioria dos membros do Conselho de Segurança condenou a decisão do Presidente russo, Vladimir Putin, durante a reunião de emergência.
"Quem é o próximo" a ser invadido, questionou o embaixador da Albânia, Ferit Hoxha, condenando o que considerou ser "uma violação do direito internacional".
O representante da Índia, TS Tirumurti, expressou "profunda preocupação" e pediu "contenção de todas as partes".
Também hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Yoshimasa Hayashi, qualificou "a decisão russa intolerável".
"O Japão acompanha a situação na Ucrânia com grande preocupação" e "coordenará a resposta civil, incluindo sanções, junto com a comunidade internacional e o G7", disse o diplomata japonês.
Vladimir Putin ordenou a mobilização do Exército russo para "manutenção da paz" nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que reconheceu como independentes.
Putin assinou dois decretos que pedem ao Ministério da Defesa russo que "as Forças Armadas da Rússia [assumam] as funções de manutenção da paz no território" das "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk, de acordo com a agência de notícias France-Presse.
Leia Também: Presidente ucraniano espera apoio "claro" e "eficaz" do Ocidente