Um escritório de advocacia com sede em Madrid vai conduzir a investigação acerca de um ano de alegados abusos sexuais passados e atuais cometidos por membros da igreja católica de Espanha, membros de ordens religiosas, professores e outras pessoas ligadas à Igreja, anunciou hoje o chefe da conferência dos bispos do país.
O anúncio público marcou um afastamento da posição anterior da Conferência Episcopal Espanhola, que durante anos rejeitou a ideia de adotar uma abordagem abrangente para investigar abusos sexuais.
Os legisladores espanhóis devem votar em março os termos de uma investigação parlamentar sobre os abusos sexuais cometidos pela igreja católica.
Embora alguns bispos e ordens religiosas tenham dito que estavam abertos a um inquérito, a Conferência Episcopal Espanhola rejeitou anteriormente uma investigação abrangente, incentivando as vítimas a relatar os casos às dioceses.
A Igreja Católica francesa encomendou um inquérito independente liderado por um ex-vice-presidente do Conselho de Estado, que convocou vários especialistas para investigar. Seu relatório, que foi baseado em estimativas e não apenas em arquivos de casos da igreja e testemunhos de vítimas, concluindo que cerca de 330 mil crianças foram vítimas de abuso sexual de 1950 a 202.
A conferência dos bispos italianos está sob pressão para aceitar algum tipo de inquérito, mas não houve movimento para aprovar tal inquérito.
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