Kiev ordena mobilização de reservistas entre os 18 e os 60 anos

As Forças Armadas ucranianas anunciaram hoje a mobilização dos reservistas dos 18 aos 60 anos, face ao agravamento da situação militar provocado pela Rússia.

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© Presidency/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
23/02/2022 10:04 ‧ 23/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"A mobilização diz respeito aos reservistas com idades entre os 18 e os 60 anos", refere uma mensagem das forças terrestres ucranianas divulgada hoje na rede social Facebook.

"A mobilização começa hoje (quarta-feira). O tempo máximo de serviço é de um ano", adianta.

A Ucrânia tem mais de 200.000 reservistas, além de cerca de 250.000 membros das forças armadas regulares.

A recusa em comparecer a este recrutamento sem uma razão plausível pode ser sujeita a "sanções administrativas e criminais", referem ainda as forças armadas.

Na terça-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky já tinha determinado a mobilização parcial de militares na reserva para reforçar o Exército, mas descartava a mobilização total das forças armadas.

Zelensky explicou, numa comunicação ao país na terça-feira, que o decreto se aplicava apenas aos ucranianos na reserva operacional, mobilizados para reforçar o Exército que combate as milícias pró-Rússia na região de Donbass e enfrenta a ameaça militar russa na fronteira.

A Polícia Nacional da Ucrânia também anunciou hoje que enviará forças adicionais para a zona de conflito no leste do país para garantir a ordem pública.

O "número dois" da Polícia Nacional, Oleksandr Fatsevich, disse ainda à imprensa que os agentes adicionais serão enviados antes do final da semana.

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia apelou hoje aos cidadãos nacionais para abandonarem a Rússia o mais rápido possível face ao agravamento da situação militar.

"O ministério recomenda aos cidadãos ucranianos para se absterem de todas as viagens à Rússia e aqueles que já lá estão devem deixar o território (russo) imediatamente", indicou a diplomacia de Kiev, em comunicado.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 2014 e anexou a península da Crimeia, reconheceu na segunda-feira como independentes os dois territórios ucranianos separatistas de Donetsk e Lugansk, na região de Donbass agravando a situação militar na região.

Moscovo aprovou ainda o envio de militares russos para a zona.

Leia Também: Putin "aberto ao diálogo" mas interesses da Rússia "não são negociáveis"

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