Ucrânia. Conselho de Segurança pede que se declare estado de emergência

A medida deverá ser aprovada nas próximas 48 horas pelo parlamento ucraniano e vigorará em todo o país, com exceção das regiões separatistas de Lugansk e Donetsk.

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© DANIEL LEAL/AFP via Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues
23/02/2022 11:31 ‧ 23/02/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Rússia/Ucrânia

O Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia pediu esta quarta-feira ao parlamento ucraniano para impor um estado de emergência em todo o país, exceto nas regiões separatistas de Lugansk e Donetsk. O pedido deverá ser aprovado nas próximas 48 horas e a medida terá uma duração de 30 dias, com possibilidade de ser prorrogada por período igual de tempo.  

“Em todo o território do nosso país, exceto Donetsk e Lugansk, será introduzido um estado de emergência”, anunciou o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, Alexei Danilov.

Em conferência de imprensa, Danilov frisou que “o principal objetivo da Federação Russa é desestabilizar a Ucrânia a partir de dentro” e, “para evitar que isso aconteça”, foi tomada hoje a decisão de avançar com um estado de emergência.

A medida passa por “fortalecer a ordem pública e a segurança em instalações críticas de infraestrutura”, além de “reforçar as inspeções” em transportes.

“Dependendo das circunstâncias locais, podem haver medidas mais fortes ou mais brandas para garantir a segurança do nosso país. Tratam-se de medidas preventivas, com o objetivo de preservar a paz e a calma no país e para que seja possível a economia continuar a funcionar”, acrescentou. 

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia escalou nos últimos dias após, na segunda-feira, Putin reconhecer como Repúblicas Populares as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, na Ucrânia. No mesmo dia, o presidente russo ordenou a mobilização do Exército do seu país para a “manutenção da paz” naqueles territórios do leste da Ucrânia.

Sublinhe-se que a Rússia é considerada a instigadora do conflito no leste do território ucraniano e a patrocinadora dos separatistas. A guerra eclodiu há cerca de oito anos, na sequência da anexação russa da península ucraniana da Crimeia, após a chegada ao poder de pró-ocidentais em Kiev, no início de 2014.

Leia Também: Ucrânia. China acusa Estados Unidos de "atirar gasolina para o fogo"

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